
Um homem
já de idade, antigo senhor dos tempos, conhecido por todas as batalhas que
lutará em sua juventude, estava muito debilitado e velho. Aquele senhor que
nunca havia perdido uma luta sequer e apesar da idade já muito avançada e da
saúde enfraquecida, vestia-se sempre com sua armadura. Armadura esta, toda
feita de ouro, muito diferente daquela que na juventude usava para batalhar e
conquistar. Apesar disso, mantinham-se as características daquela que era feito
de puro metal: era muito pesada (cerca de trinta quilos), o movimento ficava um
pouco limitado e o barulho incomodava. Assim, esse antigo senhor era conhecido
pelo ranger dos metais que as partes da sua armadura emitiam quando andava.
Esse senhor
era sempre visto em um grande salão. O salão era ornamentado com os espólios
das suas antigas batalhas decorando as paredes (uma centena de relíquias de
todos os tempos e lugares, tapetes persas e também cabeças dos mais diversos
animais que em suas aventuras de caça abatera – diz a lenda que daí surgiria a
história sobre o dragão, um estranho animal morto em uma das florestas africanas).
Nesse
salão, esse antigo Rei recebia a todos para aconselhar sobre os caminhos a
seguir, sobre as batalhas a serem vencidas e principalmente encorajava a todos
com sua bravura e sabedoria. Os mais antigos, contavam que durante as batalhas,
um grito seu poderia desmoralizar todo e qualquer exército, assim, não somente
suas espadas eram temidas, mas seu brado e olhar. O salão, nunca ecoará esse
grito de força, até que no dia de sua morte...

No
momento que bradou, o som foi tão alto que devido a arquitetura do grande salão
real, ecoou pelos sete reinos e fez com que tremesse toda a terra. Esse mesmo
brado, gravou no peito de seus filhos as mesmas palavras que estavam escritas
em sua armadura. Eles entenderam, que seu Pai Ogum havia deixado a terra e um
legado aos seus 14 filhos: deveriam levar a toda a terra o significado das
palavras ORDEM E LEI.
Assim
foi feito, através da descendência desses 14 filhos, foi transmitida a toda a
terra os sentimentos da Ordem e da Lei, porém, as palavras não ficaram mais
gravadas no peito, mas sim no coração dos inúmeros filhos desses bravos
guerreiros como que metal forjado no calor de suas fornalhas.
Matheus
Capra Ecker
16 de dezembro de 2015
De um descendente de Ogum, da grande família Beira-Mar
Que Ogum mantenha viva a coragem para lutar e viver! Ogunhê
meu Pai.
Ogunhê! Salve esta falange maravilhosa, que nos guia e nos protege!
ResponderExcluirOgunhê! Salve esta falange maravilhosa, que nos guia e nos protege!
ResponderExcluirOgunhê!!!! Lindo texto.
ResponderExcluirParabéns Matheus pelo blog, adoro teus textos! Sucesso.
Meus parabéns, textos maravilhosos!
ResponderExcluirQuanto mais eu leio, mais me vem aquele gostinho de quero mais... Aguardo mais textos!
Meus parabéns pelo o blog!!!